Batuko, Património Imaterial de Cabo Verde. Percurso Histórico-Musical
Batuko, Património Imaterial de Cabo Verde. Percurso Histórico-Musical
Data
2011
Autores
Nogueira, Glaúcia
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Resumo
O que pode o batuko revelar sobre o povo cabo-verdiano, no seu percurso
histórico e cultural, se tomarmos diferentes períodos no tempo, cada um
correspondendo a uma específica situação político-social, e analisarmos qual a
visão que, nesses diferentes momentos, se teve/tem desta manifestação cultural
tida como a mais africana de Cabo Verde? Este trabalho propõe mostrar que o
percurso do batuko corresponde ao percurso do próprio povo cabo-verdiano, já
que, enquanto património imaterial desta nação, reflecte diferentes momentos
sócio-político-culturais e questões ideológicas que lhes são inerentes. Assim,
procura-se esboçar a trajectória de uma expressão musical-coreográfica que no
passado foi considerada “música de cafres” – selvagem, lúbrica e nociva aos
bons costumes, reprimida pela Igreja Católica e pela administração colonial – e
que a partir da independência de Cabo Verde passou a ser valorizada, como
outras tradições populares, na esteira do pensamento nacionalista do novo poder
instituído. Hoje, o batuko, tanto na sua vertente tida como tradicional como nas
suas versões reelaboradas que se inserem no que se pode considerar a vanguarda
musical do país, é uma expressão viva e pujante, exemplo de resistência e
adaptação.
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Palavras-chave
Citação
Nogueira, Glaúcia. 2011. Batuko, Património Imaterial de Cabo Verde. Percurso Histórico-Musical. Praia.